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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Demônio: a Queda - Algoz


"Você pode me amar ou odiar como bem entender, mas viva. Viva agora e até seu último suspiro. Deixe o tempo passar. Haveremos de nos encontrar novamente." 

Representantes da última Casa Celestial, os Anjos da Morte receberam a tarefa lúgubre de desfazer todos os prodígios que seus colegas criavam, pondo fim a vidas, apagando as grandes obras para que outras pudessem substituí-las. Era uma função solene entre as muitas glórias do cosmo, mas os ceifeiros estavam tão satisfeitos com seu trabalho quanto qualquer anjo… Até que a humanidade nasceu. 

Como os outros Celestiais, os ceifeiros amavam a humanidade e dedicavam-se a manter o Éden vibrante e dinâmico; mas a raça humana em sua ignorância, observava a morte de animais e plantas com medo e tristeza. A reação dos seres humanos assustou e afligiu os Ceifeiros, que desejavam ardentemente aplacar os temores da humanidade, mas foram proibidos pelos mandamentos de Deus. Quando Lúcifer levantou a bandeira da rebelião, muitos Ceifeiros participaram da Queda somente em função do desejo desesperado de serem amados, e não temidos. 

Foi então que sobreveio o terrível contra-ataque do Céu. A pena pela desobediência dos seres humanos foi a maldição da mortalidade. Agora os Algozes eram forçados a dar um fim as vidas das pessoas que amavam, e a dor que sentiam só fez afastá-los ainda mais tanto da humanidade quanto dos anjos caídos. Apesar de muitos servirem como guerreiros e campeões na Guerra da Ira – quando conquistaram reputações terríveis –, a maior parte dos Algozes se encontrava as margens do conflito e dedicava-se a suavizar as mortes dos seres humanos em vez de contribuir ainda mais para carnificina. 

Agora, na esteira de sua misteriosa libertação, os Algozes se encontram num mundo que sofreu demais com a ausência daqueles criados para reger os processos do envelhecimento e da morte. A difícil situação do mundo e da humanidade convence muitos Algozes de que o único recurso que lhes resta é conclamar a noite final e conceder ao mundo uma morte misericordiosa. Alguns poucos de grande determinação, no entanto, enxergam o mal que tem sido infligido e acreditem que, ao restaurar o equilíbrio, os Algozes poderiam finalmente merecer a paz e a compreensão da humanidade pelas quais anseiam há tanto tempo. 

Facções

Pouquíssimos Algozes são Luciferanos, pois nunca foram encarniçadamente leais a Lúcifer para começar. Eles eram o centro da rebelião, e eles estavam na periferia, concentrados mais em salvar os seres humanos e em subverter os planos do inimigo do que em vencer batalhas. 

Existem mais Algozes entre os Faustianos, mas muitos membros desta Casa que se concentram no potencial da humanidade ternam-se Reconciliadores, transformam sua paixão numa demanda por Deus e se esforçam para recriar o mundo como este foi outrora, antes da revogação da imortalidade. Não veem utilidade no encorajamento da autoconfiança da raça humana, pois acreditam que a proteção contra a morte pode ser concedida somente por Deus em pessoa. Se não for assim, trata-se de um sistema fechado, e não há confiança, evolução nem purificação que venha a bastar. 

Os Ocultos atraem um número considerável de Algozes porque a natureza abstrata e investigativa da facção condiz com muitos integrantes da Casa Derradeira. Os Rapinantes atraem também seu justo quinhão. É possível que os membros listem várias razoes: estão cumprindo seus deveres segundo as ordens de Deus; ou estão fortalecendo os exércitos espirituais para sitiar o Céu; ou, na ausência de Deus, eles se tornaram os juízes da humanidade. Mas, em geral, é só uma grande inveja dos vivos o que os leva a encontrar prazer na destruição constante. 

Prelúdio

Os Algozes são atraídos por aqueles que pouco se importam com a vida. Em relação as outras Casas, é muito mais provável que os Anjos da Morte encontrem hospedeiros que tenham destruído os próprios espíritos tentando o suicídio. As pessoas controladas diariamente com o crime ou a violência também são particularmente suscetíveis; policiais, soldados e viciados, por exemplo. A cada golpe, dirigido a si mesmo ou aos outros, eles se desintegram um pouco mais por dentro. Refugiados ou vítimas da tortura e violência também são bons candidatos. E há aqueles cujas almas foram reduzidas a nada pela banalidade e pela negligência, aqueles que ferem a própria pele com lâminas simples para experimentar qualquer sensação. 

No entanto, existem mais razoes para a apatia que para o desespero. Alguém que tenha passado a vida ajudando outras pessoas, renunciando a toda e qualquer recompensa, pode atrair um Algoz. Também são adequadas pessoas que se dedicam de verdade a uma religião ou filosofia focada na próxima vida, as custas de sua existência atual; ou os que defendem que a experiência física ou o desejo cai mera ilusão. 


Filosoficamente, esta Casa se encontra numa posição difícil quando se trata de ganhar seguidores e colher Fé. A humanidade não foi criada para morrer, de maneira que os Algozes que tentam restaurar o Paraíso (principalmente os Reconciliadores e os Ocultos) devem de algum modo fazer com que os seres humanos relevem a própria mortalidade e o papel do demônio em suas vidas. Para aqueles que pregam a rebelião contra Deus, a morte é o lembrete definitivo do fracasso. 

Alguns algozes tentam se desviar completamente dessas questões. Eles se esforçam para coletar a Fé não como anjos da morte, mas simplesmente como anjos. A maneira mais fácil de fazer isso é imitar u membro de uma casa diferente. Os Diabos (usando orgulho) e os Infestos (usando segredos) são as duas mais obvias. Uma outra solução é formar uma seita genérica, como a “Igreja de Todos os Anjos”, a “Igreja do Deus Único” ou “A Humanidade em Ascensão”. Outros tornam a morte o princípio central do relacionamento com seus servos. Os Rapinantes são os que tem menos dificuldades: podem simplesmente criar uma seita de assassínio, e pronto. É possível que os Algozes de alto Tormento não tenham outra escolha. 

Devido a sua fascinação por todas as facetas da vida, os Algozes procuram um grupo diversificado de seguidores, mesmo quando estabelecem uma seita centrada na morte. São propensos a escolhas um tanto quanto arbitrarias: selecionam a primeira opção passável, ou então exterminam todos que os procuram. Alguns chegam a fixar um rosto a esmo na multidão e se empenham inteiramente na iniciação daquela pessoa, daquela alma. 

Criação de Personagem

Não existe nenhum grupo de Atributos que seja importante enfatizar, apesar de os Mentais serem comuns (principalmente Percepção). A Força e o Carisma geralmente diminuem em relação aos parâmetros do hospedeiro original, mas o Vigor aumenta. A Manipulação pode ser alta, mas o uso da mesma pode parecer um tanto quanto acanhado. 

A Presciência, a Intuição e a Furtividade são Habilidades preferenciais. A Intimidação e a Investigação também são boas opções, e os membros da Casa parecem aprender bastante rápido com o mundo que os cerca, de maneira que qualquer Conhecimento seria apropriado. Certas habilidades como Liderança e Empatia não são naturais, mas coisas estranhas poderiam ter acontecido durante a guerra. 

Tormento Inicial:

Doutrinas da Casa: Doutrina da Morte, Doutrina dos Reinos, Doutrina do Espirito. 

Fraquezas: Antes da guerra, os Ceifeiros eram geralmente evitados por outros anjos, o que lhes empresta um ar de indiferença que muitas vezes disfarça uma atenção extrema ao mundo dos vivos. Mesmo as lembranças de seus hospedeiros parecem mais estranhas a eles do que a outros demônios. Podem ser peritos em desenredar fraudes intrincadas, mas coisas mais simples – particularmente as motivações humanas – podem ludibriá-los. E, apesar de se manterem abertos e atentos, tão logo tomam uma decisão, acham muito difícil admitir que podem ter se enganado. Com o aumento de seu Tormento, passam a perceber o mundo com maior clareza mesmo que, paradoxalmente, se sintam cada vez mais afastados dele. Boa parte do mal causado por um Algoz de alto Tormento está ligada a um desejo obsessivo de deixar sua marca numa realidade em extinção. 

Estereótipos 

Diabos: Quando exortados a dar uma opinião, os Algozes, em geral, parecem estranhamente ter pena dos Diabos. As mentiras e as ambições desses demônios podem ser recebidas com um sorriso tristonho e condescendente. 

Flagelos: Havia muita inimizade entre essas duas Casas durante a guerra. Agora os Algozes alegam que os Flagelos são seus irmãos mais chegados e desconsideram todo o rancor de antes. 

Malfeitores: Os Algozes alegam que os artefatos – na verdade, todos os objetos materiais – não passam de brinquedinhos, meras distrações para se fugir das verdadeiras preocupações do mundo. Apesar disso, aparentemente são capazes de cooperar com os Malfeitores, e a companhia desses demônios lhes parece agradável. 

Infestos: Alguns Algozes dizem que, na ausência de Deus, são os mortos que agora dirigem os sonhos e dão forma aos padrões das estrelas. Portanto, os Infestos constituem mais uma Casa com a qual eles têm intima afinidade. 

Profanadores: Os Profanadores transpuseram o abismo entre eles mesmos e a humanidade, um abismo tão profundo, de certo modo, quanto o dos próprios Algozes. Mas, diante de suas novas oportunidades, só fizeram agir como moleques mimados e mulheres devassas (ao menos essa é a opinião de um Algoz). 

Devoradores: Os Algozes repreendem a violência irrefletida dos Devoradores e o desperdício de vidas. Apesar disso, gostam de se associar a esta Casa e também oferecem conselhos em inúmeros outros tópicos. Alguns alegam que isso parece manipulação, pois os Devoradores acabam assumindo o papel de guarda-costas. Mas os Algozes discordam, obviamente.

Fonte: Módulo Básico de Demônio: a Queda

Demônio: a Queda - Devoradores



"Há muito tempo não sinto o gosto do sangue no vento. Esta noite, voltaremos a caçar." 

À Casa da Natureza foi outorgado o domínio sobre todas as coisas vivas que rastejavam, corriam, ou voavam por toda a terra. Conforme a vida selvagem se espalhava pela terra, os Anjos da Natureza teciam as incontáveis meadas da vida numa tapeçaria intrincada de beleza, majestade e poder. Os Anjos da Natureza cumpriam suas obrigações com orgulho solene e um forte senso de honra pessoal e governavam seu reino com justiça e compaixão.

O nascimento da humanidade foi uma fonte tanto de assombro quanto de consternação para os Anjos da Natureza. Apesar de Deus deixar claro que a humanidade havia sido criada para dominar a natureza e todas as coisas vivas, os seres humanos desconheciam completamente seu funcionamento. Isso apresentou um paradoxo aos anjos: seu dever era proteger e preservar a natureza, mas a maior ameaça à ordem natural era a ignorância da humanidade, e eles não tinham permissão para interferir.

Apesar da reputação de feras impetuosas e instintivas, os Anjos da Natureza foram os membros da Hoste que mais relutaram a aceitar a rebelião contra a vontade do Céu. No fim, porém, aqueles que se juntaram às fileiras dos anjos caídos acreditavam que não havia outro jeito de se manterem fiéis a suas ordens. No entanto, depois de se comprometerem, os Devoradores eram temidos e respeitados de ambos os lados, e eles nunca perderam sua crença na vitória final, mesmo no fim.

A princípio, os Devoradores aceitaram o exílio estoicamente, mas a separação do mundo dos vivos acabou exigindo seu tributo. Pior ainda, o desaparecimento de Lúcifer foi um golpe terrível no espirito da Casa como um todo, o que levou muitos deles a experimentarem uma intensa sensação de traição. Com o crescimento de sua cólera e de sua dor, eles reverteram cada vez mais a sua natureza feroz, trocando a razão e a culpa pelo instinto irracional.

Quando de sua fuga do Abismo, os Devoradores assustaram-se ao descobrir o quanto o mundo mudara. os humanos por quem lutaram e sofreram haviam esquecido tudo que aprenderam depois da Queda, pilharam os recursos escassos do mundo e provocaram a extinção de espécies inteiras. Foi o golpe de misericórdia para muitos Devoradores, que se entregaram completamente a seus impulsos monstruosos, movidos pelo desejo de fazer a humanidade pagar pelos crimes cometidos contra a natureza. Para os demais, bastou apenas a dor da terra agonizante para arrancá-los de sua utopia e estimulá-los a restaurar a terra e levar a humanidade à beira da aniquilação.

Facções

Os Devoradores tendem a se encaixar em uma de duas facções, dependendo de como suas convicções resistiram às agonias do Abismo. Muitos Devoradores ainda acreditam que sua lealdade a Lúcifer à causa dos anjos caídos deve ser respeitada. A liberdade recém-descoberta é acompanhada por uma obrigação de reformar as fileiras das legiões infernais e retomar a guerra contra o Céu. Aqueles que não se juntam aos Luciferanos tendem a se tornar Rapinantes, pois a sensação de traição depois da guerra e a destruição da natureza pela humanidade os impelem a procurar a vingança sangrenta contra os adorados filhos de Deus.

Além dessas duas facções, um outro grupo grande de Devoradores pode ser encontrado entre os Reconciliadores. Os Devoradores em suas fileiras tendem a ser aqueles cansados de guerra e carnificina, os que sentem que o único jeito de expiar por seus antigos crimes é reconstruir os jardins destruídos pelo tempo.

Menos comuns são os Devoradores Ocultos, apesar de um número significativo desses demônios procurar respostas para o desaparecimento de Lúcifer, seja em consideração à própria honra ou por respeito ao líder perdido. Esses Devoradores gozam de mais sucesso do que se poderia esperar, pois outros anjos caídos geralmente subestimam sua inteligência e astúcia.

Os mais raros de todos os Devoradores são os que segue a vocação dos Faustianos, simplesmente porque a fraude é demasiado estranha a sua natureza, e eles não tem a paciência necessária para a elaboração de intrigas. Aqueles leais à facção agem assim porque acreditam que o único jeito de restaurar a terra é subjugando a humanidade.

Prelúdio

Superficialmente, poderia parecer que os Devoradores seriam atraídos por pessoas como soldados, traficantes, membros de gangues e policiais: indivíduos que corroeram suas almas levando vidas violentas. Mas são também atraídos por corretores a Bolsa, vendedores, bombeiros e ativistas políticos: indivíduos que enfrentam dificuldades imensas e geralmente saem dessa experiência com sequelas emocionais.

Não é surpresa que os Devoradores sejam igualmente atraídos por hospedeiros que também apresentem uma certa obsessão por proteger - ou explorar - os animais e a natureza. Um ambientalista cujas cruzadas ardorosas tenham lhe custado a própria humanidade ou um caçador de troféus insensível são possibilidades igualmente prováveis, dependendo da personalidade do demônio.


Os Devoradores são os mestres da arte de colher a fé. De fato, sua natureza impulsiva faz com que se sintam mais à vontade em relação aos ganhos de curto prazo do que praticamente qualquer demônio.

Os Devoradores de baixo Tormento geralmente tomam o cuidado de restringir a colheita a criminosos ou indivíduos que, com suas ações, estejam destruindo ativamente o meio-ambiente. Mesmo assim, evitam matar o indivíduo se possível, preferindo adquirir fé por meio de ações dolorosas ou aterrorizantes, pois assim esperam que a vítima tome a experiência como um aviso e venha a se corrigir.

Os Devoradores de alto Tormento são menos seletivos ao escolher suas vítimas. Qualquer um, mesmo os mortais solidários à causa do demônio, pode se tornar um alvo. Fé é fé, e esses demônios não hesitarão em tomá-la, o que normalmente leva à morte da vítima.

Os Devoradores são atraídos por indivíduos fortes e agressivos no que diz respeito aos servos. Podem ser indivíduos que conhecem a violência de perto, como membros de gangues, soldados ou policiais. Por outro lado, podem ser intelectuais obsessivos, ativistas políticos, tubarões empresariais ou empreendedores. No tocante aos servos, os Devoradores não têm utilidade para os fracos nem para os tímidos.

Criação do Personagem

Não é surpresa que os ferozes Devoradores deem preferência aos Atributos Físicos acima de tudo, mas os Atributos mentais veem logo em seguida. Muitos Devoradores apresentam pelo menos dois pontos em Prontidão, Empatia com Animais, Briga, Esquiva, Intimidação, Sobrevivência e Furtividade. Também podem herdar pontos em Armas de Fogo e Armas Brancas de seus hospedeiros.

Os incomuns Devoradores com uma orientação mais social tendem a possuir Habilidades Intimidação e Liderança em níveis elevados, bem como conhecimento apropria a sua profissão. Essas Habilidades geralmente são balanceadas com uma certa medida de Esportes, mas as Habilidades relacionadas ao combate são menos comuns, pelo menos no início.

Os Devoradores trazem consigo uma variedade de Antecedentes. É comum escolherem Seguidores: um bando de servos que o demônio convoca quando necessário. Além disso, também podem ter Aliados e Contatos para ajudá-los, normalmente herdados do hospedeiro. Os Devoradores mais sociais podem ter carreiras e exercer Influência, além de apresentar níveis elevados de Recursos.

Tormento Inicial: 4

Doutrinas da Casa: Doutrina da Fera, Doutrina da Carne e Doutrina da Natureza.

Fraquezas: Os Devoradores são Famosos pela falta de tato, e muitos nunca sabe quando manter suas grandes bocas fechadas. Em situações nas quais a diplomacia é essencial, os Devoradores podem ser brutalmente honestos, enfurecer-se com facilidade e mostrarem-se propensos a começar uma briga à menor provocação. É muito comum um Devorador pior uma situação delicada simplesmente por aparecer no local.

Devido a sua falta de habilidades sociais, muitos Devoradores podem ser facilmente manipulados. Alguns demônios convencem-nos a servir como guarda-costas ou assassinos, tirando proveito de seu senso de honra e dever. No entanto, essas manipulações são um tanto quanto arriscadas, pois, se um dia perceber que foi enganado, o Devorador não hesitará em procurar vingança sangrenta e imediata.

Estereótipos 

Diabos: Durante a guerra, os Devoradores respeitavam os Diabos como os líderes nobres que tanto sacrificaram pela causa. Seus contatos entre os mortais são respeitados, e eles sempre parecem oferecer oportunidade de combate.

Flagelos: No campo de batalha, os Devoradores preferiram lutar ao lados dos Flagelos a combatê-los. No entanto, o sofrimento infligido pelo poder desses demônios afasta todos com exceção do mais Atormentado Devorador.

Malfeitores: Os Devoradores e os Malfeitores desfrutam de uma íntima afinidade que data dos dias em que as duas Casas trabalhavam juntas antes da Queda. Os Devoradores respeitam e admiram os demônios da terra e consideram-nos amigos até prova em contrário.

Infestos: Os Devoradores tem pouca paciência com os Infestos e suas atividades misteriosas. Tampouco compreendem a Casa das Esferas. O movimento dos planetas e as constelações parecem triviais se comparadas à alegria visceral da caçada.

Profanadores: Os Devoradores adoram a paixão e a inspiração dos Profanadores, mas a natureza volúvel desses demônios exaspera os Devoradores seguros e obstinados.

Algozes: Os Devoradores tratam os Algozes com medidas iguais de respeito e pena, além de admirar a dedicação desses demônios a uma vocação incômoda e dolorosa.

Fonte: Módulo Básico de Demônio: a Queda

Demônio: a Queda - Profanadores




“Posso lhe mostrar coisas que o deixarão maravilhado. É só segurar minha mão, e eu mudarei sua vida para sempre”

Antes da existência do menor sinal de terra, os grandes oceanos abarcavam o mundo. Os anjos a quem foi outorgado o domínio sobre esse vasto e poderoso reino eram chamados Nereidas e estavam entre as mais belas criações de Deus.

Eram as nascentes e as musas, e seus poderes repercutam as paixões que levaram a arte e a busca por discernimento e verdade.

As Nereidas foram criadas para inspirar a humanidade, entretê-la com mistérios e incitá-la a se aventurar pelo mundo e descobrir lhe os prodígios secretos.

Eram a personificação do espírito do desejo; sempre tentadoras, mas eternamente fora de alcance. Seu poder conferia-lhes a mais profunda compreensão dos desejos humanos, mas o plano de Deus garantia que o vasto abismo do mar sempre se colocaria entre eles. Logo passaram a lamentar a obediência ao Céu e o amor pela humanidade.

Em retrospecto, muitos Profanadores acreditam que, se Lúcifer não tivesse tomado a frente e levantado a bandeira da revolta, teria sido apenas uma questão de tempo até que uma Nereida fizesse o mesmo.

A Queda galvanizou os Profanadores, que usaram seus poderes para inspirar tanto os mortais quanto os anjos rebeldes no conflito com o Céu. Tornaram-se os símbolos vivos do conflito, pois refletiam as melhores virtudes da resistência e estimulavam os demais a fazer o mesmo. Sobretudo, eles sustentaram o moral dos rebeldes, mesmo nos dias mais tenebrosos da guerra, fechando as feridas espirituais que nenhum Flagelo ou Devorador seria capaz de curar. A devoção inspirada por esses anjos caídos levou a algumas das façanhas mais heroicas da guerra e se transformou na origem dos épicos românticos que ainda ecoam nas almas de todos os seres humanos.

A derrota na guerra foi um golpe terrível para os Profanadores, que jamais vacilaram em sua convicção de que a rebelião era justa. Apesar de mais acostumados ao isolamento que a maioria dos anjos caídos, os Profanadores estavam entre os primeiros a sucumbir as agonias do Abismo e a amputar a dor de sua perda com a lâmina incandescente do ódio.

Agora que os portões do Abismo se romperam e os Profanadores estão livres novamente, eles podem colocar em ação seus estratagemas em meio a uma civilização que preza a aparência acima de tudo. Podem levar homens e mulheres a atos de obsessão, ciúme e desejo que arruínam famílias, põe fim a carreiras e derrubam governos inteiros. Mas também podem encorajar a compreensão humana da filosofia, do companheirismo e da arte, e proporcionar uma visão vela em meio a realidade estéril do mundo moderno. Foram criados como mistérios vivos, perigosos e enganadores, com a função de inspirar os atos de coragem e força que nutrem o crescimento da alma humana.

Facções

Os Profanadores muito provavelmente tornam-se Faustianos ou Rapinantes. No primeiro caso, foram cativados ela humanidade: reagem com prazer – ou, no mínimo, respeito – a sua relação com os seres humanos renovada. Os Rapinantes agem como amantes desprezados e exigem retribuição (geralmente discreta, mas sempre inesquecível) daqueles que perpetraram uma traição tão terrível. Eles despedaçam corações e mentes e espalham a discórdia de maneira que possam assistir à desintegração de grupos sociais sob o peso de recriminações rancorosas e da violência.

Outros Profanadores se decepcionam com a civilização humana, mas tornam-se Faustiano mesmo assim. Anseiam pela bela visão que tinham antes da guerra e reconhecem que os seres humanos são uma parte essencial da mesma.

Alguns Profanadores também podem se deixar fascinar pelas demandas dos Luciferanos ou dos Ocultos, dependendo de suas alianças e experiências na guerra. Mas pouquíssimos tornam-se Reconciliadores. Mesmo que o desejassem, muitos Profanadores sabem que não há como retornar ao paraíso e, agora que as velhas barreiras ruíram, estas não podem ser reconstruídas.

Prelúdio

Os Profanadores são atraídos pelos vaidosos e irascíveis. Em vida, seus hospedeiros dificilmente foram filósofos espirituais ou lógicos, e sim pessoas que se deitavam com tudo o que fosse físico e imediato. Não eram necessariamente promíscuos, mas muito provavelmente gastavam tudo o que tinham com a última moda ou os brinquedinhos mais extravagantes. Em geral, tinham verdadeira obsessão pelas coisas triviais e ajustavam-se constantemente ao presente para ignorar o ritmo acelerado das mudanças a sua volta.

Os idealistas que atraem um Profanador não se interessam por teorias abstratas e realidades praticas, e sim pela ação imediata para mudar o mundo. Os candidatos mais sagazes são os artistas que tentam refletir grandes porções da realidade em suas obras, certos de que conseguirão capturar as complexidades do mundo que os cerca.

Outros candidatos podem ter sido afetados mais profundamente pelas questões da carne. Aqueles que amaram intensamente, ou com frequência, e foram rejeitados; aqueles que apoiam uma causa e foram por ela traídos: essas pessoas também podem estar encarceradas no presente, onde a autoridade e as ideias de vingança banal tomam o lugar do pesar e da cólera.

Uma outra categoria de hospedeiro provável é a dos que sofreram em nome de sua arte nem sentido literal: artistas famintos, escritores fracassados e músicos marginais que tiveram seus espíritos alquebrados pela rejeição, pela dúvida e pelo vício.


Colher a fé é complicado para muitos Profanadores, pois eles não estão acostumados ao contato íntimo com os seres humanos. Atrair a atenção das pessoas é fácil; o difícil é focalizá-la. Com o uso indiscriminado de suas doutrinas, o Profanador consegue reunir um grande grupo de seguidores muito rapidamente (e talvez provocar alguns tumultos com isso), mas essa multidão é de pouca utilidade. A adulação cega e o desejo autodestrutivo não se comparam a fé, apesar de que, com um pouco de paciência, podem proporcionar uma base sobre a qual criá-la. Em essência, um Profanador precisa convencer seus seguidores de que são dignos das dadivas que ele lhes concede.

Muitas dessas dadivas envolvem a expansão da percepção para além do demônio e a abertura da mente ao vasto mundo. Permitem aos servos desenvolver seu conhecimento e, sobretudo, uma compreensão intuitiva do mundo que os cerca. Trata-se, talvez, de um sentimento geral de iluminação, ou um foco mais específico num determinado tópico. Geralmente isso se manifesta em obras de arte ou na expressão por meio de formas mais diretas, como ativismo político ou social. Essa compreensão, em geral, também é acompanhada por uma confiança renovada capaz de resistir até esmo ao medo ou a coerção sobrenatural.

Criação de Personagem

Os Atributos Sociais prevalecem. Todos são importantes e, não importa a condição do corpo do hospedeiro, a Aparência deve ser pelo menos três pontos. Talentos como Empatia, Intuição e Lábia são instintivos, assim como Sobrevivência. A origem dos Profanadores como espíritos da água confere-lhes uma certa flexibilidade que normalmente se traduz em Destreza elevada, além de bons níveis em Esquiva e Furtividade, e talvez também Briga. A maioria não se preocupa com o conhecimento detalhado da erudição moderna e assuntos correlatos, além de considerar vulgar a política humana.

Tormento Inicial: 3.

Doutrinas da Casa: Doutrina do Desejo, Doutrina das Tempestades e Doutrina da Transfiguração.

Fraquezas: Os Profanadores podem ser criaturas frustrantes e caprichosas, capazes de divagar e arrastar consigo todo o grupo num atoleiro forraginosos de trivialidades. Podem continuar com uma farsa mesmo quando esta já não é mais útil e tornam-se petulantes e intempestivos a menor provocação. Para evitar isso, geralmente só precisam de um pouco de espaço. Quanto mais ordenada e claustrofóbica uma situação se torna, mais provável será que eles se mostrem ríspidos com os companheiros, façam algo insensato ou simplesmente tomem uma direção diferente. Mas esse comportamento é difícil de prever e pode até mesmo se manifestar – se é que o fara – dias após o estopim.

Estereótipos

Diabos: Os Profanadores geralmente desconfiam dos Diabos, pois parece que estes ainda estão tentando impor sua visão de mundo apesar de milhares de anos de tragédia. Outrora, eles foram a voz de Deus, agora sua única mensagem é uma demagogia abominável.

Flagelos: Existem muitas semelhanças entre as duas Casas, pois ambas se preocupam com os elementos físicos e os mistérios da vida. Isso facilita a amizade com os Anjos do Vento e a propensão a confiar nos mesmos, uma tendência que ocasionalmente leva a tragédia.

Malfeitores: Esta Casa é a que mais interessa e atrai os Profanadores porque os Malfeitores parecem realmente entender a intersecção da beleza, do mistério e da função, mesmo que só nos objetos inanimados.

Infestos: Os Profanadores não entendem realmente esta Casa nem as áreas sob seu domínio. Os Infestos preferem a intuição a razão fria, o que os Profanadores consideram o anátema de uma percepção do verdadeiro assombro e da genuína inspiração.

Devoradores: Existe uma estranha afinidade entre os Profanadores e os Devoradores, ou assim acreditam os primeiros. As duas Casas têm o domínio sobre a natureza e, de certo modo, preocupam-se com as questões da carne.

Algozes: Em grande medida, os Profanadores consideram os Algozes espíritos afins que compreendem a dor da verdadeira solidão e do isolamento, embora a rabugice dos Algozes e sua tendência a introspecção tornem o relacionamento entre as duas Casas um pouco tenso.

Fonte: Módulo Básico de Demônio: a Queda

Demônio: a Queda - Infestos



"Você tem perguntas, meu amigo, mas será que está preparado para as respostas?" 

No princípio, Deus criou os grandes mecanismos do Céu para regular o cosmo. Todas as órbitas das estrelas e dos planetas estavam confinadas no raio de uma roda dentada, um volante celestial que ligava outras dessas engrenagens num mecanismo imenso e interdependente. Os céus foram dispostos numa tapeçaria intrincada de órbitas, elipses, períodos e constantes, um padrão impossivelmente vasto que desafiava a compreensão total.

Os profetas comandavam essas grandes órbitas e esses imensos circuitos. Sabiam quando e onde esses tudo estaria, daí a um dia ou em coisa de um milênio. Regulavam o modo como os céus afetavam a Terra, dirigiam a cheia das marés por meio da trajetória da lua e faziam a Terra se mover para provocar a mudanças das estações. Dentre todos os anjos, contudo, estavam entre os mais distantes da humanidade. Amavam seus irmãos de barro, mas era seu destino viver acima do Éden e interagir com os mortais por meio dos mistérios entretecidos na abóbada estrelada.

Quando sobreveio a rebelião, um fator central dividiu os profetas. Foi um deles, um profeta chamado Ahrimal, quem primeiro os terríveis presságios que se revelariam como a Queda. Na época, Ahrimal e seus companheiros acreditaram que a catástrofe iminente ocorreria se os anjos deixassem de agir; portanto, eles estavam entre os proponentes mais sinceros da rebelião. De fato, a Queda foi a raiz da catástrofe prevista por Ahrimal, e não há um Infesto sequer, até os dias de hoje, que não seja assombrado pelo erro coletivo de sua Casa.

Lúcifer estimava os Infestos como conselheiros e estrategistas, pois a capacidade desses demônios de adivinhar o futuro conquistou-lhe várias vitórias rápidas. No entanto, a guerra mostrou-se custosa, pois os Infestos não anteciparam sua destrutividade. Foi um sinal de húbris terem considerado que o grande plano não seria perturbado por suas ações.

Por fim, Deus lançou os rebeldes condenados no Abismo, o que mergulhou os Infestos num inferno próprio todo especial. Antes, eles haviam sido criaturas da ordem e da existência disciplinada, mas o Abismo não podia ser compilado, nem mapeado e muito menos conduzido. Sem os grandes mecanismos do Céu a proporcionar uma rotina calculada, eles enlouqueceram.

Quando os muros do Abismo foram arrasados pelo Turbilhão, os Infestos sentiram novamente a presença dos grandes mecanismos e viram as rachaduras que levavam à liberdade. Ao ressurgirem, entretanto, encontraram os céus abandonados e sem direção, e o grande mecanismo propriamente dito movia-se com enferrujada deselegância. Os Infestos haviam recuperado sua pedra de toque, mas ela estava rachada e gasta, talvez sem conserto. mas o mesmo podia se dizer dos próprios Infestos.

Facções 

Os Infestos prezam a busca por conhecimento acima de tudo. Em seus corações combalidos jaz uma necessidade genuína de recapturar aquela clareza absoluta do tempo em que o universo ocultava poucos segredos. Alguns dizem que sua busca por esses fragmentos de congruência não passa de uma distração que os afastava do inevitável autoexame que leva muitos Infestos aos Rapinantes. No entanto, praticamente nenhum Infesto acredita que destruir os grandes mecanismos da Criação fará algo além de condenador todos os anjos caídos ao oblívio ainda mais tenebroso que o Abismo. Por razões óbvias, muitos Infestos preferem os Ocultos e sua busca pela verdade.

Poucos Infestos são atraídos pelos Reconciliadores, simplesmente porque os Infestos viviam sempre tão distantes do Éden antes da guerra. O Paraíso nunca foi realmente seu lar, então porque suspirar por uma coisa que eles nunca tiveram? Não, a segunda facção mais popular entre os Infestos é a dos Luciferanos. Talvez porque Lúcifer tenha poupado os Infestos da recriminação quando a guerra estava em seus piores momentos.

Por fim, existem alguns Infestos que se acham atraídos pelos Faustianos. Alguns Infestos acreditam que controlar o destino da humanidade é só mais um trajeto a ser mapeado e dirigido. Outros veem a humanidade moderna como um organismo tão imensamente complexo quanto o próprio cosmo e digno sucessor de suas habilidades.

Prelúdio 

Os Infestos tem uma certa simpatia pelos que buscam pacientemente o conhecimento, aqueles - como eles próprios - que questionam o universo, espicaçam-no corajosamente, entregam-se ao trabalho e tateiam no escuro sem se preocupar com corpo nem a alma. Seja um em busca da matéria de sua vida, ou um ocultista disposto a atraídos por indivíduos que trocam suas almas por iluminação. A verdade importante para o Infesto não é a pergunta em si mesma, mas a busca pela resposta e a luta para obtê-la. Quanto mais alguém se esforçar para descobrir o conhecimento que foi esquecido ou os mistérios do universo - e quanto mais de si mesmos perderem com isso - maior a fascinação dos Infestos.

Fé 

Todos tem suas perguntas, mas poucas pessoas se dispõem a encontrar as respostas. os infestos contam com essa dualidade para se reabastecerem. De fato, como os Infestos se fazem passar por ouvintes ávidos, as pessoas acham mais fácil confiar neles, principalmente já que esses demônios se colocam em posições de autoridade e conhecimento.

A maioria dos Infestos de baixo Tormento estimula a busca por conhecimento, e não sua aquisição. Visam àqueles que procuram a iluminação, apresentam-se como disseminadores de ideias e fazem perguntas suficientes para impelir o mortal na direção correta. Tão logo ganham a confiança do mortal, oferecem pactos para encorajar a jornada em vez de simplesmente levá-lo ao objetivo final.

Do mesmo modo, os Infestos também desprezam os mortais que buscam apenas respostas rápidas na vida Em geral, é dessa gente que colhem Fé, mostrando-lhes vislumbres dos terríveis destinos que os aguardam. Colhem para se reabastecer tanto quanto para castigar, mas correm o risco de se expor ao próprio Tormento ao conjurar essas apavorantes ilusões.

Por outro lado, os Infestos de alto Tormento dependem das mesmíssimas pessoas ávidas por soluções temporárias para que possam selar pactos. Usam ilusões para corromper os mortais e prometem-lhes ganhos materiais, separando os que preferem a aquisição rápida daqueles que se dedicam a atividades esotéricas. Também colhem a fé daqueles que honestamente procuram o conhecimento, torturando-os com meias-verdades e informações falsas e arranhando-lhes a sanidade com segredos obscenos que seria melhor não revelar.

Criação de Personagem 

Os Infestos acreditam que o conhecimento é sinônimo de poder; portanto, dão preferência a Atributos Mentais de níveis elevados. Outros contam com o controle que exercem sobre as pessoas por meio de sua clarividência, o que torna os Atributos Sociais a principal preferência.

No tocante às habilidades, os Infestos valorizam os Conhecimentos acima de tudo, sendo de principal interesse: Investigação, Instrução e Religião. São também versados nos mistérios da Linguística, do Ocultismo e da Pesquisa. 

Com respeito aos Antecedentes, as duas escolhas fundamentais são Aliados e Contatos. O mortal que busca conhecimento geralmente estabelece uma rede de aliados humanos para facilitar sua jornada. Não é incomum um Infesto ter Mentores mortais, principalmente se seu hospedeiro estivesse se aprofundando em assuntos misteriosos.

Tormento Inicial:

Doutrinas da Casa: Doutrina da Luz, Doutrina dos Padrões e Doutrina dos Portais.

Fraquezas: A curiosidade talvez seja o calcanhar de Aquiles dos Infestos. Foi a curiosidade em relação ao desconhecido que os levou à ruína, e o que os aflige agora é uma necessidade de investigar mistérios quando confrontados por paradoxos. essa curiosidade geralmente é derivada de uma cadeira imprevista de acontecimentos que surge com o desenrolar de suas ações. Um indivíduo pode fazer ou dizer algo significativo não previsto na cadeia de acontecimentos cuidadosamente orquestrados do Infesto. A maioria dos Infestos vai querer saber porque isso aconteceu e concentrará suas habilidades analíticas para encontrar a fonte da anomalia. Ao fazê-lo, perdem de vista a tarefa mais imediata.

Estereótipos 

Diabos: Os Infestos sabem que, enquanto possuírem a visão, os Diabos são os que se encontram mais bem equipados para transformar essa visão em realidade. Os Infestos também têm uma certa afinidade com os Diabos, que compreendem a importância do planejamento e das metas de longo alcance.

Flagelos: Os Infestos invejam em segredos os Flagelos e os laços de intimidade que esses demônios estabelecem com os seres humanos. Os Infestos cobiçam a facilidade com que os Flagelos lidam com os mortais, mas sua inveja raramente se manifesta em público.

Malfeitores: Os Infestos acusam os Malfeitores de apresentar um conhecimento perverso à humanidade, que desde então se espalhou pela Terra e a devastou. Dificilmente perdoam esta Casa, a não ser os poucos Reconciliadores que tentam corrigir os erros do passado.

Profanadores: Os volúveis e ardilosos Profanadores confundem os Infestos assim como os Infestos os desconcertam. Os profetas acham os Profanadores apressados e preocupados demais com "o agora" para merecerem seu interesse.

Devoradores: Os Infestos respeitam a lealdade dos Devoradores a Lúcifer e sua competência como soldados, mas a Casa da Natureza tem visão muito curta. Precisam de um líder. mas os Infestos não desejam essa função frustrante.

Algozes: Os Infestos apreciam a paciência dos Algozes e geralmente os procuram em busca de aconselhamento e auxilio. Alguns Infestos acreditam que os Anjos da Morte serão cruciais para a redenção final dos anjos caídos e se esforçam para fortalecer os laços entre as duas Casas.

Fonte: Módulo Básico de Demônio: a Queda

Demônio:a Queda - Malfeitores



"Eu sei que magoaram você. Tenho algo aqui que pode melhorar sua vida" 

No terceiro dia, Deus separou os mares da terra, e Ele deu a intendência da terra a um grupo seleto de anjos. Denominados os Artífices, esses Celestiais governavam – e amavam – a terra e tudo o mais contido em seu interior. Foram presenteados com uma afinidade pelo solo, pelas pedras preciosas e pela rocha, pelas chamas que ardem sob a superfície da terra e, principalmente, pelo metal. 

Os Artífices também recebem a responsabilidade de ajudar a raça humana a usar a terra: a lavrar os campos, minerar os metais e fabricar as ferramentas de que precisariam para dar forma ao mundo. Os anjos entregaram-se a tarefa de bom grado, ansiosos por dividir o amor pela terra com seus protegidos. 

Mas os seres humanos não estavam preparados para lidar com tamanha responsabilidade. Eles tentaram usar as ferramentas miraculosas dos anjos, mas eram incapazes de fazer com que estas funcionassem corretamente – isso quando conseguiam fazê-las funcionar. 

A humanidade melindrou-se com seus preceptores secretos e passou a temer-lhes a perfeição, enquanto os Artífices se quedavam confusos e perplexos, incapazes de se relacionar com os seres humanos do mesmo modo que se relacionavam com os elementos previsíveis da terra e do fogo. 

Quando a guerra irrompeu entre os anjos rebeldes e as forças do Céu, muitos Artífices penderam para o lado de Lúcifer. Sentiam-se rejeitados pela humanidade que tentaram amar e estavam furiosos com o Criador, que atara suas mãos ao proibir os anjos de ajudar diretamente os seres humanos. Além disso, aliaram-se aos rebeldes porque sentiam que apenas seus semelhantes eram capazes de compreendê-los e amá-los já que os seres humanos simplesmente se recusavam a fazer o mesmo. 

Quando os rebeldes perderam a guerra e foram encarcerados no Inferno, os Malfeitores acharam difícil tolerá-los, pois foram separados da terra e do fogo que eram sua razão de ser. Essa solidão terrível tornou muitos Malfeitores frios e distantes, incapazes de interagir muito bem até mesmo com seus companheiros demônios. Eles se tornaram astutos e meditabundos, e preferiam o planejamento meticuloso e a paciência as convulsões emocionais da raiva e do imediatismo. 

Agora, livres do Inferno, os Malfeitores se encontram num mundo transformado. A humanidade finalmente adotou o uso de ferramentas e tornou-se uma raça de construtores, mas, ao fazê-lo, devastou a terra e deixou-a ferida e feia. Os Malfeitores ainda a serviço do Inferno reprimem a dor e procuram novas oportunidades de causar devastação no seio da humanidade. Para os anjos caídos, o mundo é uma ferida aberta e, às vezes, o desejo de simplesmente sucumbir e chorar é irresistível. Mas, se o mundo deve ser curado, então os Malfeitores precisam suportar a dor e entregar-se ao trabalho, assim como o fizeram milênios atrás. 

Facções 

A maioria dos Malfeitores pertence aos Faustianos, e assim é desde os últimos dias de guerra. Com seu pendor para a manipulação dos seres humanos por meio de cálices envenenados e presentes amaldiçoados, e seu desejo de forçar o retorno da humanidade a uma posição servil e respeitosa, essa Facção é uma escolha natural para a Casa do Fundamento. 

Os Reconciliadores foram o segundo grande bloco de Malfeitores, principalmente entre os anjos caídos. Apesar de todas as tentativas de deixar de se importar com o mundo, esses demônios jamais conseguem de fato romper seu vínculo com a terra e a natureza. Soltos no mundo, muitos Malfeitores são subjugados por um amor esquecido, deixam de lado antigas magoas e tentam se redimir. 

Os Malfeitores entre os Ocultos dirigem sua astucia e inteligência naturais a revelação dos mistérios da guerra e da Queda. Para muitos Malfeitores, esta facção lhes proporciona objetivo de que precisam com tanta urgência, além de dificilmente coloca-os em contato com os seres humanos. 

Os Malfeitores entre os Luciferanos não são muito comuns. A Queda machucou muitos deles e deixou tantas sequelas emocionais que esses anjos caídos perderam a fé em seu líder desaparecido. Entretanto, a esperança custa a morrer mesmo nos demônios, e existe alguns Luciferanos nesta Casa. Esses demônios tendem a tratar a causa luciferana com uma vocação sagrada e dedicam-se a mesma com grande paixão. 

Em vista de seu amor pela terra e pelas ferramentas – coisas que para seres criados, exigem tempo e grande cuidado –, o desejo de destruição absoluta é algo raramente experimentado por esses demônios. Os poucos que de fato pertencem a facção dos Rapinantes são terríveis, geralmente os mais destrutivos e violentos da facção. 

Prelúdio 

Tão logo escapam do Inferno, os Malfeitores geralmente são atraídos por almas tão feridas emocionalmente quanto eles próprios. Os Malfeitores são, em muitos aspectos, criaturas solitárias e inseguras, separadas da terra que outrora mantinham junto ao peito. Seus hospedeiros tendem a ser indivíduos semelhantes: pessoas solitárias e carentes que sempre sentiram como se faltasse alguma coisa em suas vidas, alguma coisa que as teria completado. Bons exemplos desses indivíduos são os dependentes químicos, os feios ou desfigurados, pessoas que se apegam a cônjuges violentos, ou adolescentes que tentam modificar seus corpos com tatuagens e piercings. 

Um outro grupo de fortes candidatos é o das pessoas que se afastam de outros seres humanos e se sentem mais à vontade com as máquinas ou a terra: isso combina perfeitamente com a psique dos Malfeitores. É uma categoria ampla que poderia incluir qualquer coisa desde um ciberpirata que só se sente à vontade online a um sociopata que vê outras pessoas meramente como coisas, ou um ambientalista que despreza os seres humanos por espoliarem o planeta. 

Fé 

Os Malfeitores geralmente acham difícil coletar a Fé dos mortais, devido a dois fatores. Primeiro, obviamente, tem dificuldade para entender os seres humanos e relacionar-se com eles. A humanidade não é tão previsível e confiável quanto a rocha. Como são incapazes de verdadeiramente conhecer os seres humanos, os Malfeitores acham difícil inspirá-los sem esforço. 

Um obstáculo ainda maior é a dependência dos Malfeitores em relação a seus instrumentos e artefatos mágicos. Um mortal, sem dúvida, ficaria mudo e estupefato diante dos poderes de um espelho mágico, mas isso não significa que irá associar automaticamente o espelho ao demônio que o fez ou presenteou. A menos que o ser humano estabeleça uma forte ligação entre o objeto e o Malfeitor, a Fé simplesmente desaparece na esfera etérea. 

Ao colher a Fé dos mortais, o Malfeitor precisa utilizar um objeto criado por ele. Pode ser um item terreno – como uma faca de prata usada para esfolar a pele de uma vítima –, ou uma criação miraculosa – como um espelho que mostra a beleza interior de um mortal. O demônio pode usar instrumentos diferentes em distintas tentativas de colher Fé; o importante é que o artefato seja algo criado por ele mesmo, e o mortal deve se concentrar no objeto enquanto sua Fé é recolhida. 

Os Malfeitores se aproximam do mesmo tipo de pessoas que os atraiu quando precisaram escolher um hospedeiro: os perdidos, os carentes e os feridos. Particularmente, a tendência dos Malfeitores é visar as pessoas que buscam alguma coisa que possa consertar suas vidas, dar fim a seus problemas – uma solução concreta, não um conceito metafísico. O CDF que deseja ser belo, o escritor que sofre um bloqueio no meio da composição de seu novo livro, o paraplégico que quer as pernas de volta: essas são as pessoas que podem ser “auxiliadas” por um Malfeitor, capaz de construir um computador para inspirar criatividade ou uma máscara para tornar o usuário um Adônis. 

Criação de Personagens 

Os Malfeitores tendem a ressaltar os Atributos Mentais, particularmente o Raciocínio, que governa a criatividade e a astucia. Como são mineradores e operários, também tendem a apresentar bons níveis de Vigor e Força. Os Atributos Sociais geralmente são baixos, devido à dificuldade dos Malfeitores de se relacionar com os seres humanos – apesar de darem ênfase a Manipulação, pois esses demônios têm um certo talento para usar os seres humanos. 

Para refletir sua condição de inventores demoníacos, quase todos os Malfeitores têm níveis elevados de Ofícios. Muitos também apresentam níveis excelentes de Pesquisa. Lábia é bastante comum. Apesar de os Malfeitores não possuírem a propensão natural dos Diabos para a manipulação, eles se esforçam para superar essa deficiência. 

Tormento Inicial:

Doutrinas da Casa: Doutrina da Terra, Doutrina da Forja e Doutrina dos Caminhos. 

Fraquezas: A principal fraqueza desta Casa é uma certa dificuldade de entender a raça humana. Os seres humanos são criaturas imprevisíveis e confusas, e os demônios acham difícil confrontá-los, mesmo depois de pilhar as lembranças e as personalidades de seus hospedeiros. Os demônios chegam a ter um pouco de medo da humanidade. Os Malfeitores ficaram confusos e extremamente magoados com a rejeição da humanidade, e o temor de uma nova rejeição pode inconscientemente subverter e influenciar os planos e as ações de um demônio. 

Estereótipos 

Diabos: Os Malfeitores geralmente invejam esses manipuladores de fala mansa, que tiram proveito da fraqueza humana com tamanha facilidade. Para os Malfeitores, isso exige esforço e concentração; portanto, eles se ressentem das habilidades dos Diabos. 

Flagelos: O ar e a terra não se misturam, nem a peste é capaz de debilitar a rocha. Os Malfeitores encaram os Flagelos como inconsequentes, na melhor das hipóteses; inconvenientes, na pior delas. 

Infestos: A profecia, os presságios e os movimentos das estrelas – o que isso importa no grande plano das coisas? Os Malfeitores são demônios pragmáticos e consideram os Infestos inúteis, 

Profanadores: Da mesma maneira que os Malfeitores, os Profanadores compreendem a criação. Os demônios da terra respeitam os Profanadores, mas não necessariamente confiam neles. 

Devoradores: Os Malfeitores não entendem a finalidade da breve e desordenada vida animal. Os Malfeitores preferem manter os Devoradores a distância, mas respeitam sua força. 

Algozes: A vida e a morte humanas são tanto misteriosas quanto razoavelmente irrelevantes para os Malfeitores, que preferem a companhia da rocha imortal. Eles respeitam esta Casa, mas lhe dão pouca atenção.

Fonte: Módulo Básico de Demônio: a Queda

Demônio: a Queda - Flagelos



"Nada é capaz de proteger você para sempre. então, não se preocupe com a eternidade. Preocupe-se com o presente."


Antes da Idade da Ira, os anjos da Guarda tinham um papel invejável no Paraíso. Incumbidos de transmitir o sagrado Sopor de Vida, seus deveres colocavam-nos em íntimo contato com sua amada humanidade. Melhor ainda, eram encarregados de proteger continuamente cada criatura animada por eles. Enquanto um outro ano poderia se sentir culpado por chegar tão perto de violar a proibição da interferência , os Anjos do Vento estavam em sua esfera de ação quando respeitosamente observaram seus próprios filhos, assim como filhos de Deus. Mas, mesmo sentindo intensamente o prazer pela presença da humanidade, eles sentiam com intensidade ainda maior a dor de sua frustração. A proximidade dos seres humanos era tanto um tormento quanto uma alegria, e a tensão entre os dois extremos acabou levando muitos desses anjos ás raias da loucura. Quando sobreveio a rebelião, Lúcifer encontrou muitos seguidores entusiasmados no firmamento . De fato, além da própria Casa da Estrela da Manhã, a casa do Vento Ascendente gerou os anos de mais alto escalão a decair. Na guerra, os Flagelos foram guerreiros empenhados. A condenação do céu não lhes sujeitou a vontade: Longe disso, o peso do castigo que recaiu sobre a humanidade muito fez para impedir os Flagelos em sua oposição a Deus e à Hoste Divina. Visto que, em batalha no mundo físico, não se comparavam aos Anjos do Fundamento e da Natureza, a velocidade e os poderes de dissimulação dos Flagelos fizeram deles excelentes infiltradores, batedores e espiões. Na era da fuga do Abismo, os Flagelos são bastante respeitados. Seus feitos corajosos durante a guerra angariaram-lhes a merecida reputação de soldados leais mesmo in extremis. Todas as facções entre os Anjos caídos que acabaram de escapar do Inferno desejam defensores leias, principalmente aqueles capazes de curar com a mão direita e ferir com a esquerda . 

Facções

Os Flagelos mais esperançosos geralmente procuram o partido dos Reconciliadores. O conceito de um mundo sadio é mais tentador que a ideia de um mundo governado pelos Faustianos ou arruinado pelos Rapinantes. Outros Flagelos continuam a jurar fidelidade a Lúcifer e acreditam que, de algum modo, ele escapou à fúria dos Anjos verdugos. Se ele conseguiu evitar o castigo eras atrás, talvez ele seja a chave para salvar a humanidade agora. Com certeza, é quase unanime considerar que a busca pelo único anjo caído que vaga pelo mundo desde o inicio dos tempos é uma maneira bem mais eficientes de obter respostas concretas do que se unir a sociedade meditabunda dos Ocultos. Os Faustianos tem Flagelos em suas fileiras . A Segunda Casa estava - e de certo modo, ainda está - essencialmente preocupada com a segurança da humanidade. Eles são capazes de abençoar ou amaldiçoar mas não é fácil usar as pessoas friamente. 

Prelúdio

Almas receosas clamam por defensores e, mesmo em sua condição de decaídos, os antigos anjos protetores acham difícil resistir a esse clamor. Os flagelos foram outrora os pais da raça humana - e, na verdade , de toda a vida- , e o pedido de socorro de um de seus filhos ainda chama a sua atenção. Mas este mundo - os escombros do paraíso - está cheio de temores reais e imaginários. É possível que um flagelo seja atraído pelo medo genuíno apenas para descobrir que se tratava de um sentimento egoísta. Os flagelos sem sorte encontram-se aprisionados nos corpos daqueles que temiam as consequências das decisões erradas, ou daqueles que receavam os efeitos dos problemas que nada fizeram para resolver ou evitar. 


Na pratica, adquirir fé dos mortais é um trabalho fácil para os flagelos. A saúde é um bem precioso para a humanidade. alguns pagariam qualquer preço por uma cura fora do alcance da medicina. Fundar uma igreja ou uma seita com base nos Espíritos da Integridade" não é um desafio para seres realente capazes de curar a AIDS, reparar uma espinha partida, ou corrigir as deformidades de um recém nascido com espinha bífida. O principal desafio dessas estrategias geralmente é ético. Pois esses arranjos , prometem mesmo que implicitamente , que o benfeitor demoníaco é capaz de proteger o fiel para todo o sempre. Por outro lado , os flagelos desistiram da raça humana simplesmente agem com honestidade e se apresentam como espíritos da saúde e do mal . Os flagelos cruéis tendem a ser desumanos com os seus servos. A maldição divina da Segunda casa atingiu duramente seus membros, e a incomoda consciência de que todos os seres humanos estão condenados a morrer de qualquer jeito pode levar rapidamente ao desespero e a insensibilidade. Do ponto de vista de um ser infinito, que diferença faz alguém morrer aos quinze ou aos cinquenta anos ? Os flagelos de baixo tormento são os que mais provavelmente compreendem a atenção de se assumir o papel protetor. Portanto, é mais provável que tomem como servos aqueles que julgam dignos de sua proteção. É claro que os mortais "dignos" e dispostos a vender suas almas geralmente são difíceis de encontrar, mas a recompensa está no fato de que suas qualidades morais permitem ao Flagelo resistir mais facilmente à vontade desumana de exauri-los. 

Criação de Personagem

As pessoas que atraem os Flagelos geralmente possuem atributos sociais em níveis baixos : um vida controlada pelo medo normalmente limita as oportunidades de fazer amigos. Um hipocondríaco ansioso pode ter características físicas surpreendentes altas, particularmente vigor, como resultado de uma vida passada na academia de ginastica, onde ele sempre se forçava um pouco além da conta só para tentar afastar o ceifador implacável. Entre as características mentais , a percepção geralmente é alta, exagerada por uma vida inteira de sobre saltos e ansiosa vigilância na escuridão de uma casa vazia. O medo constante também pode se traduzir em níveis acima da média da habilidade esquiva . Geralmente , os hospedeiros possuem uma pericia ou um conhecimento de nive baixo que reflete a natureza de seu bicho papão particular . Por exemplo, é comum aqueles que se preocupavam constantemente com a saúde apresentar uma pequena pontuação na habilidade medicina, apesar de não terem sido profissionais da área medica . Alguém mais despreocupado em relação a enfermidades, mas que convivia com o pavo de uma agressão física, poderia ter um ou dois níveis em armas de fogo . Outros temores mais discretos - o medo da inadequação intelectual ou social - poderiam levar a aquisição de etiqueta ou instrução . Os antecedentes variam bastante , mas muitos hospedeiros , vitimas de um medo egoísta foram em vida avarentos cujos medos são mais justificados - por viverem numa área ou situação perigosa - contatos ou aliados são comuns. 


Tormento Inicial:

Doutrinas da Casa: Doutrina dos Ventos - Doutrina do Despertar - Doutrina do Firmamento 

Fraquezas: Um problema que outras casas tem com os flagelos - e os flagelos tem com si mesmos - é sua dificuldade em lidar com os mortais . Os guardiões decaídos tendem...


Esteriótipos


Diabos: Outrora os anjos da luz comunicavam a vontade vivificante de Deus. Mas agora a vontade divina está trancada as 7 chaves, incognoscível e os diabos não tem função. Podem continuar matraqueando com suas próprias vozes, mas a maldição divina que recaiu sobre eles é claríssima: eles se tornaram inúteis. 

Malfeitores: Os seres humanos adoram coisas, e os malfeitores as oferecem. Isso por si só já lhes conferem algum valor. O pragmatismo desses demônios é um bom fermento para absorção de um flagelo. Se for possível convence-los de que tem tanto a ganhar quanto qualquer outra pessoa

Infestos: O mundo pode se achar revolto e arruinado e os antigos fados tudo veem através de uma lente escura, mas não estão totalmente cegos. Ao invés de despreza-los pelo o que perderam . Os flagelos tendem a respeitar andrajosos de discernimento que os infestos ainda possuem 

Profanadores: Eles foram outrora um oceano a ser explorado pela humanidade. Agora transformaram-se em um recife que provoca o naufrago dos homens. Na pratica seus poderes tem lá seu méritos, mas todos podem ser usados. 

Devoradores: Enquanto os outros tendem a repudiar os devoradores como selvagens irracionais, os flagelos enchergam mais fundo . Os flgelos furiosos encaram os devoradores como o castigo adequado para uma civilização adequada rebaixada ao mesmo nível. Os flagelos mais equilibrados especulam se os devoradores poderiam ser a chave para curar a natureza e não mais para feri-la. 

Algozes: Embora os Algozes tendam a ver o seu domínio sobre a morte como algo extremamente importante e absorvente, é preciso dizer que o mundo moderno oferece excelentes justificativas para essa crença . Como pertencem a casa que apresenta a melhor relação com o destino das almas dos mortos são aliados importantes a se cultivar. 

Fonte: Módulo Básico de Demônio: a Queda


Demônio: a Queda - Diabos




“Siga-me, e eu lhe darei o que seu coração desejar. Idolatre-me, e eu farei de você um deus.”


As primeiras e mais perfeitas criações de Deus, os Arautos portavam o estandarte do Senhor e traziam Sua luz para iluminar toda a criação. Os maiores dentre os anjos eram os líderes e príncipes dos Celestiais, exemplos resplandecentes de tudo o que era glorioso e correto aos olhos de Deus.

Acima de tudo, o dever da Primeira Casa era transmitir a vontade do Céu as Casas da Hoste e instruí-las quanto a seu papel sequencial na criação do cosmo. Para os Diabos, arcar com essa imensa responsabilidade era motivo de orgulho, e eles se faziam conhecer entre seus semelhantes só quando absolutamente necessário. Mas a liberdade de alterar o rumo do cosmo de acordo com a própria vontade tornou-se uma fonte de húbris que contribuiu para a Queda.

Quando o Grande Plano finalmente culminou no nascimento surpreenderam-se com a ordem do Criador para que permanecessem invisíveis e permitissem que a humanidade descobrisse sozinha o próprio potencial. Sua insatisfação encontrou voz no maior entre seus membros: Lúcifer, a Estrela da Manhã. No fim, quase metade dos Arautos decidiu se aliar a Estrela da Manhã uma porcentagem maior de desertores do que em qualquer outra Casa Celestial.

Agora amaldiçoados como os Diabos, esses rebeldes tornaram-se generais, líderes e heróis da rebelião. Munidos de poderes impressionantes de liderança e inspiração, os Diabos tinham a intenção de levar a humanidade a uma nova era e encorajar os mortais a renunciar ao Criador. Mas, com o arrastar da guerra, os Diabos foram se distanciando dos seres humanos que outrora amaram. De heróis e protetores, os Diabos passaram a demagogos e ditadores que manipulavam títeres humanos com palavras doces e mentiras envenenadas.

Cheios de orgulho e rebeldia, os Diabos recusaram-se a acreditar na possibilidade de fracasso até que o Céu triunfou e os demônios foram encarcerados nas trevas do Abismo. Com o desaparecimento de Lúcifer, os outros demônios viraram-se furiosos contra seus antigos líderes. Para se defender – e disfarçar a própria dúvida –, o Diabos usaram os poderes do carisma e da ilusão para virar os outros demônios uns contra os outros.

Mas agora as barreiras ao redor do Inferno foram rompidas, e muitos Diabos rastejam de volta ao mundo dos mortais. Para os Diabos ainda dedicados ao Inferno, agora é o momento de fazer a humanidade recordar as glórias passadas e curvar-se a serviço da raça dos demônios. Os Diabos decaídos que buscam a redenção tem uma nova oportunidade: salvar a humanidade dos males que ameaçam destruí-la, criar uma nova Utopia para os mortais e os celestiais, e talvez provar que a cruzada de Lúcifer em sua essência era justa.

Facções

Os Diabos são criaturas intensamente políticas – manipuladores que vivem para controlar e influenciar os outros. Formam os escalões superiores de várias das principais facções, liderando outros demônios assim como antes haviam feito no Céu.

Não é surpresa que muitos Diabos sejam Luciferanos, ainda leais a visão do primeiro e maior dos rebeldes. Eles ainda se dedicam ao sonho de destronar o Criador e conduzir os seres humanos a um futuro glorioso.

Depois dos Luciferanos, muitos Diabos acham-se atraídos pelos Faustianos. Apesar de outrora os Arautos anelarem o amor e o respeito da humanidade, esses Diabos decidiram que a adoração e a Fé dos mortais constituem uma recompensa igualmente doce. Com o poder da humanidade por trás deles, os Faustianos se esforçam para erigir um império na Terra, sendo os Diabos os primeiros entre os iguais.

O mistério do desaparecimento de Lúcifer pesa sobre os Diabos mais do que sobre os outros demônios. Afinal, a Estrela da Manhã foi o maior deles, e seu desaparecimento lançou os Diabos na dúvida e na angustia. Por esta razão, muitos Diabos tornam-se Ocultos, desesperados para descobrir a verdade quanto a Queda, seu mentor e a verdadeira causa de sua danação.

Os Arautos realmente amavam a humanidade, e alguns Diabos ainda sentem um vestígio daquele amor. Esses Diabos são minoria em sua Casa e deixam-se atrair pela facção dos Reconciliadores. Se conseguirem reconstruir o Éden, pensam eles, pode ser que venham a merecer o perdão de Deus – e, sobretudo, o perdão e o amor da humanidade.

Poucos Diabos pertencem a facção dos Rapinantes. Aceitar o fracasso da guerra e acolher a destruição seria admitir que a rebelião de Lúcifer foi um erro, e a maioria dos Diabos é orgulhosa e arrogante demais para aceitar uma coisa dessas. Mas alguns Diabos sucumbem a dúvida e ao arrependimento, e eles nada mais desejam além de destruir o mundo, um lembrete de sua insensatez e de seu fracasso.

Prelúdio

Os Diabos são criaturas sociais; são sedutores e impostores. Tão logo chegam a Terra, são atraídos por mortais que também apresentam essa aptidão e perderam suas almas em busca de poder e influência. Uma certa tendência para usar outras pessoas, controlar aqueles que o cercam e cultivar seguidores e sequazes também chamara a atenção de um Diabo. Como bons exemplos desse tipo de gente temos os políticos, os executivos, os músicos, os atores e os pregadores carismáticos.

Quer tenham sido os cavaleiros resplandecentes do Céu ou os paladinos negros do Inferno, os Diabos sempre foram heróis: exemplo de coragem em luta contra dificuldades esmagadoras. Na alma maculada de um Diabo, não importa quão deturpada esta seja, resta um núcleo de heroísmo e nobreza, e eles respondem aos mortais que possuem essas qualidades. Um Diabo poderia possuir um policial condecorado que perdeu sua alma em virtude da corrupção ou da violência desumana; a mãe que protege os filhos do marido agressivo com o corpo e a alma; ou um político antes idealista esmagado pelo peso do escândalo e da falsidade.


Os Diabos são os mestres da manipulação, capazes de avaliar os desejos e as fraquezas de um mortal com um único olhar, ou dirigir uma multidão de seguidores com um simples movimento do dedo. Pode-se pensar que os Diabos achariam fácil coletar a Fé dos mortais – e é verdade que os Diabos geralmente tem mais sucesso ao adquirir Fé do que outros demônios. O processo de aquisição da Fé humana nunca é fácil, e mesmo os grandes impostores do Inferno precisam lutar por sua preciosa energia espiritual.

O termo “culto de personalidade” descreve perfeitamente o séquito de servos de um Diabo. A formação de uma seita de adoradores normalmente é uma das grandes prioridades dos Diabos, e eles fazer uso de seus recursos mais abundantes: seguidores mortais. A seita de um Diabo pode lembrar uma corrente de vendas, na qual cada devoto procura e recruta novos membros, alvos fáceis para o carisma do Diabo. Logo o Diabo se vera cercado por fanáticos que o adoram como um deus: a posição que ele desejava ardentemente desde a Queda.

Criação de Personagem

Não é surpresa que os Diabos apresentem uma certa tendência a salientar seus Atributos Sociais, principalmente Manipulação e Carisma, devido a sua posição de líderes guerreiros e paladinos. Os Atributos Mentais não são tão importantes para os Diabos, embora muitos possuam níveis elevados de Raciocínio, pois mentir com eficiência exige o talento de pensar rápido.

Nenhuma habilidade é tão útil a um Diabo quanto Lábia, e quase todos os membros desta Casa tem níveis elevados nesse Talento. Muitos Diabos têm fortes Habilidades físicas e de combate, o que reflete seu papel como comandantes e heróis em tempos idos. Esportes, Briga, Armas Brancas são opções bastante comuns.

Tormento Inicial: 4

Doutrinas da Casa: Doutrina dos Celestiais, Doutrina da Chama e Doutrina do Esplendor.

Fraquezas: A recordação de sua antiga nobreza é algo que todo Diabo luta para esquecer, mas nunca consegue. Os Diabos sabem que foram um dia os príncipes perfeitos do Céu, mas, não importa quanto tentem fingir o contrário, sua existência atual é um simulacro indigno dessa perfeição. O encarceramento infindável no Inferno também encheu muitos Diabos de dúvida, arrependimento e vergonha – emoções que nunca conseguem expressar. Devastados por esses sentimentos, os Diabos são atraídos por atos de bravura insensata e coragem quixotesca.

Estereótipos

Flagelos: Os demônios da cura e da doença são bastante respeitados pelos Diabos. Os Flagelos são capazes de curar os merecedores ou infectar os insolentes, o que fornece aos Diabos mais instrumentos para manipulação dos mortais.

Malfeitores: Os Diabos tendem a tratar com superioridade os artesãos e inventores do Inferno. Os Malfeitores também manipulam os mortais, operando de longe por meio de seus artefatos amaldiçoados, e os Diabos se ressentem dessa incursão em sua área de especialização.

Infestos: As primeiras estrelas foram os Arautos, conduzidas pelos anjos que se tornaram os Infestos. Os Diabos e os Infestos cooperam há tempos. Os Diabos contam com os Infestos para oferecer sábios conselhos, detectar defeitos nos planos de batalha e fornecer novos pontos de vista com relação as fraquezas humanas.

Profanadores: Se, por um lado, os Diabos se ressentem dos Malfeitores, que também manipulam os seres humanos, a Primeira Casa tem muito menos problemas com os Profanadores. Se cooperarem, um Diabo e um Profanador conseguem atingir todas as fraquezas humanas. Ocasionalmente rivais, as duas Casas normalmente são aliadas.

Devoradores: Por serem os ex-líderes da Guerra, os Diabos respeitavam a força combativa dos Devoradores. Mas, agora, a maioria dos Diabos encara os Devoradores como relíquias violentas e imprevisíveis.

Algozes: Os Diabos sempre trataram com superioridade os Algozes, os últimos e mais insignificantes anjos criados por Deus. Os Diabos consideram-se príncipes, enquanto os Algozes não passam de abutres e agentes funerários.


Fonte: Módulo Básico de Demônio: a Queda

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