“Quer dançar?”, ela me perguntou. Eu morri naquela noite. Fazia frio, era inverno, mas, embora o frio lá fora nunca tivesse chegado até nós, o frio interno obliterou o calor do fogo que ardia no terraço e saiu para confrontar a frialdade da estação em seus próprios termos. Dançamos e, apesar de minha mão tocar-lhe a base das costas, era ela quem me conduzia. A música vinha... de algum lugar. Cordas. Um piano. Era tudo. Não cheguei a ver os músicos, mais eu ouvia a melodia. Era uma peça estranha para se dançar: uma nênia, quase um réquiem. A brisa movia as cortinas. Dançamos e ela se aproximou, como se quisesse beijar-me o pescoço. Mas não foi um beijo, e sim a mais doca perdição. Foi então que ela tomou minha vida, e eu senti a vitalidade escorrer por minha garganta numa explosão carmesim. E, em seguida, ela a devolveu.
Por que Vampiro: O Réquiem?
Vampiro: O Réquiem é um cenário relativamente "novo". Os paradigmas apresentados nesta ambientação diferem muito do seu irmão temático Vampiro: A Máscara. Um novo cenário, novos clãs, novos desafios. Espero que gostem.
Tema: horror pessoal, desvelamento de mistérios ancestrais e a eterna luta contra a Fera; o que não nos mata, nos fortalece. Mas a que preço?
Tom: Soturno e melancólico. Mentiras e sobrevivência: somos manipuladores ou manipulados?
Durante a semana irei postar algumas informações pertinentes ao cenário e regras para a criação de personagens.
"Não é o abandono da morte, nem o fôlego da vida. É uma canção fúnebre, o interlúdio musical entre a vida e a morte, e esse Réquiem é tudo o que nos resta depois do desfile vital da primeira e da inanidade gélida da segunda. O Réquiem tem seus crescendos e diminuendos, fanáticos desvairados, loucos salpicados de sangue, sensualistas, revolucionários e pretensos conquistadores. Contudo, não é a música agridoce dos mortos que nos são caros - é a Sinfonia dos Amaldiçoados."
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